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“Quantas vezes por semana deve um casal ter sexo?”

Aaaaaahh, a resposta que (quase) toda a gente quer ver escrita e certificada…

 

Gostamos muito de saber médias, comparar a nossa experiência com a do resto da população – um comportamento perfeitamente natural e humano – posicionarmo-nos na “tabela” e saber qual o número infalível que nos vai dar uma referência de “normalidade”, ou promessa de felicidade, mas…

 

NÃO HÁ NENHUM NÚMERO MÁGICO IDEAL!

Pronto, artigo terminado, obrigada e voltem sempre!… Naaa…

 

Efectivamente, estudos que analisaram a frequência de actividade sexual entre casais, chegaram à seguinte conclusão:

 

os casais que têm relações sexuais mais do que 1 vez por semana não apresentam um maior nível bem estar e felicidade, em comparação com o grupo que tem uma frequência maior.

 

“More is not always better”

 

Há, no entanto, nestes e noutros estudos, um pressuposto de que, em média, casais que têm relações sexuais uma vez por semana relatam maior satisfação no relacionamento comparando com uma frequência menor.

 

Mas será para toda a gente?

Não necessariamente. Na sexualidade não existem soluções genéricas e cada situação é analisada individualmente.

 

E, mais do que a frequência da relação sexual, há outros factores que influenciam com maior impacto o nível de satisfação, bem estar e felicidade do casal:

 

ALINHAMENTO DE VONTADES ENTRE O CASAL

Se, recorrentemente, me apetece ter sexo 3 vezes por semana e à minha parceria também, tudo ok!

Se, recorrentemente, me apetece ter sexo zero vezes por semana e à minha parceria também e nos sentimos satisfeito(a)s, tudo certo, também!

Se, recorrentemente, me apetece ter sexo zero vezes por semana e à minha parceria 4 vezes, então há falta de sintonia relativamente à vontade recorrente de interacção sexual.

 

E, como estão duas pessoas na relação, é desejável explorarmos e trabalharmos esse desalinhamento, de forma a procurarmos um ponto de encontro no qual a relação se mantenha prazerosa e feliz para ambo(a)s.

 

QUALIDADE DAS INTERAÇÕES SEXUAIS

Uma frequência menor, mas com interacções de maior qualidade – outro conceito que também varia de pessoa para pessoa e de casal para casal – é mais frutífera do que uma frequência maior, mas com interacções menos satisfatórias (e não, não estamos a falar só de orgasmos!).

 

COMUNICAÇÃO

A comunicação aberta sobre desejos, gostos, vontades e expectativas é crucial para que existam interacções sexuais mais prazerosas.

É a base de um entendimento entre as duas partes, quer a nível sexual, quanto ao nível de toda a estruturação da relação.

Sabias que muitas das situações de falta de sintonia sexual que chegam a consulta se devem, exactamente, a deficiências na comunicação?

 

VARIAÇÕES DE DESEJO SÃO NORMAIS

Nos exemplos de sintonia e desalinhamento referidos no início, coloquei especificamente a palavra “recorrente”, porque… as variações de desejo são perfeitamente naturais.

Lá há, por exemplo, uma semana em que estamos mais assoberbado(a)s de trabalho, com uma preocupação em mente, ou mais cansado(a)s fisicamente e em que sexo é a última coisa em que pensamos…

É natural e é importante normalizar que o desejo é variável, por diversos motivos biológicos, psicológicos, ou sociais.

 

O DESEJO SEXUAL É MAIS RESPONSIVO DO QUE SE JULGA

Temos muito a concepção de que o desejo sexual é naturalmente espontâneo e que devemos esperar que apareça “caído do céu”… se não aparecer, nada a fazer!…

Esta ideia leva até a que pessoas achem “algo está errado comigo” por não sentirem esse desejo espontâneo, principalmente quando estão em relações mais longas e se lembram do desejo sexual urgente que existia no início da relação.

A boa notícia é que, na compreensão moderna da sexualidade, o desejo é tido como muito mais responsivo do que espontâneo, portanto, podemos “puxar por ele” e ter parte ativa, em vez de ficarmos somente à espera que ele nos apareça no meio do nevoeiro, feito um D. Sebastião.

 

Joana Viterbo

 

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