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Entre espelhos

Tiago nunca imaginou que aquele dia no trabalho, igual a tantos outros naquele call center, pudesse virar um dos capítulos mais excitantes da sua vida. Foi numa manhã de segunda-feira, enquanto se preparava para mais um atendimento de chamadas, que reparou que tinha duas colegas novas, Lúcia e Lara.

Idênticas como reflexos perfeitos, mas com personalidades divergentes. Ele olhou para elas e esboçou um sorriso; viu nelas um novo desafio. Um desafio duplo, é verdade… Mas isso atraía-o e, de alguma forma, uma delas pareceu ter reparado nele e esboçou um sorriso.

— Oi, sou a Lara. Aquela é a Lúcia, somos irmãs gémeas, como deves ter percebido.

O olhar de Lara era tão intenso que Tiago teve um arrepio pela espinha e sabia perfeitamente o que aquilo significava para ele.

— Sim, é notório que são gémeas — disse Tiago, segurando o riso — Bem-vindas à empresa e muita coragem.

— É assim tão mau? — perguntou Lara, enquanto tocava no cabelo.

— Tudo menos os colegas — respondeu ele, sorrindo e tendo a noção de que parecia convencido.

— Ouvi falar bem dos colegas, sobretudo de ti.

— Bom saber — disse Tiago, enquanto olhava para as outras colegas.

— Lúcia, chega aqui! — disse Lara, agitando o braço para chamar a irmã.

Lúcia parecia mais tímida, mas com um olhar igualmente penetrante e hipnotizador. Tiago levantou-se finalmente da cadeira e deu dois beijinhos a ambas, deu dicas e suporte o resto do dia, mas com uma fantasia em mente que parecia longínqua.

Os dias foram passando e a relação estritamente laboral passou para uma amizade cheia de risos, partilhas de sonhos de vida e muitas trocas de olhares.

Primeiro com Lara, a irmã mais atrevida, que não tinha problemas em expor os seus medos e desejos; depois com Lúcia, que, por sentir talvez que Lara estaria sempre lá para a manter segura, começou um jogo de sedução durante todas as pequenas pausas que poderiam existir entre telefonemas e e-mails.

Tiago expôs a Lara a sua intenção de ter um encontro com ela para partilharem um café em sua casa. Ela sorriu e garantiu a sua presença imediatamente, manifestando que já esperava aquela proposta há algum tempo.

Decidiram voltar ao trabalho e as horas pareciam ter parado; as chamadas duravam uma vida e o sangue parecia jorrar com força para as suas partes íntimas sempre que ele fantasiava o que poderia vir depois daquele café.

O turno dele terminou primeiro e, segurando no casaco, procurou com o olhar Lara, que estava ocupada a atender uma chamada e com um ar demasiado entediado para sequer reparar nele.

Lúcia estava de costas a teclar no computador e também parecia pouco interessada em olhar para trás, fosse para quem fosse.

Ele dirigiu-se para casa e fez questão de ajeitar o espaço para que ficasse com um ar menos masculino, menos frio e menos convidativo. Queria que qualquer pessoa que ali fosse sentisse que estava num local seguro e livre de julgamentos.

Foi tomar banho, pôs a sua água de colónia e escolheu com calma e tranquilidade o que iria vestir.

Optou por uns jeans, uma camisa verde escura e, quando tentava escolher o calçado, escutou a campainha.

Deu um salto; não esperava que Lara chegasse tão rápido, pelo que foi até à porta descalço e abriu-a de uma só vez, sem esperar que, atrás, estivessem ambas — Lara e Lúcia.

— Trouxe a minha irmã para um “café”. Espero que não te importes — disse Lara com um sorriso matreiro.

— Eu iria convidá-la para um café à parte — exclamou Tiago, completamente surpreendido.

— Posso entrar na mesma? — perguntou Lúcia, puxando uma pequena porção de cabelo para trás da orelha.

Tiago recuou e deixou ambas entrar.

Ambas sorriram para ele e passaram a mão no seu ombro. Uma de cada lado.

Um convite?

Se sim, ele estava mais do que disposto a mergulhar naquele desejo duplo, sem saber onde aquele caminho o levaria.

Sentaram-se no sofá e a conversa foi fluindo como se fosse mais um dia de trabalho, uma conversa de pausa, uma piada ou outra, e foram levando o fim da tarde entre gargalhadas e cafés.

— Posso contar-te uma coisa? Prometes não julgar? — sussurrou Lara, enquanto debruçava o corpo para Tiago e o fitava como se fosse a própria Medusa.

— Sim… — sussurrou Tiago — Nunca julguei ninguém. — Espero que não — acrescentou ela.

Ficou um silêncio perturbador enquanto ambas as irmãs se olhavam como dois predadores prestes a dilacerar uma presa.

Subitamente, trocaram beijos na boca e passearam as mãos pelo peito uma da outra. Num instante, as mãos passeavam por todo o corpo, e pareciam ter-se esquecido da existência de Tiago.

Tiago ficou hipnotizado por aquele jogo de reflexos e suspirou alto para chamar a atenção delas.

Resultou.

Ambas viraram a cabeça para ele e esticaram a mão em forma de convite.

Ele sentia a tesão a tomar lugar, o seu lado mais animalesco a despertar; qualquer pudor terminou ali, e apenas havia lugar para a excitação pura.

Segurou ambas pelas mãos e guiou-as para o quarto.

Elas sentaram-se na cama e, como se de uma linda coreografia sincronizada se tratasse, deixaram-se cair para trás, ansiando pelo toque de Tiago.

Ele despiu-se e masturbou-se para garantir que conseguiria proporcionar o máximo de satisfação para ambas e, depois, também se deixou cair entre elas. Estava finalmente entre espelhos.

O quarto estava mergulhado numa penumbra suave, onde as sombras dançavam lentamente nas paredes. Tiago estava entre as duas, sentindo o calor que irradiava delas, um calor que parecia envolver cada centímetro da sua pele.

Lara e Lúcia moviam-se numa coreografia silenciosa, como se conhecessem cada passo da outra. Os dedos delas traçavam linhas delicadas no corpo de Tiago, despertando arrepios e sussurros abafados. Os seus olhos encontravam-se num convite mudo, numa cumplicidade que transcendia palavras.

Não havia pressa — apenas o tempo que se esticava em carícias e toques que iam além do físico, tocando algo profundo, quase secreto. Cada suspiro, cada sorriso partilhado, era uma promessa de entrega e confiança.

Ali, naquele instante suspenso, o mundo exterior desapareceu. Eram apenas três almas entrelaçadas, navegando juntos por um mar de sensações onde desejo e ternura se misturavam, criando uma harmonia perfeita.

Era poético, mas ao mesmo tempo expressava o instinto primitivo que existe em cada um de nós.

Lara meteu-se de quatro na cama e implorou que Tiago a penetrasse, e assim foi. Tiago entrou de uma só vez e deixou-se deslizar. O quarto foi inundado por gemidos de ambos e pelo barulho de beijos entre Lara e Lúcia.

Tiago penetrava Lara vezes sem conta, completamente apaixonado pelos sons, por todos os movimentos corporais dela e por ter na sua cama duas irmãs que quebravam qualquer tabu.

Lúcia abandonou os lábios da sua gémea e foi para perto dele, beijou-o e, depois, com todo o entusiasmo visível no olhar, afastou as nádegas da irmã e disse: — Entra com força. Quero ver.

Tiago fodeu com mais força enquanto olhava nos olhos de Lúcia, que gemia sem qualquer toque.

De seguida, afastou-se gentilmente de Lara para se dedicar também a Lúcia, mas elas voltaram-se a abraçar, sedentas de beijos entre si, como se Tiago fosse apenas um extra.

Isso não o incomodou; pelo contrário, excitou-o ainda mais.

Lúcia deslizou entre os lençóis até Tiago, beijou-o e inclinou o corpo dele para trás, para o poder montar. Sentou-se no seu pénis duro e brilhante, de quem havia acabado de penetrar outra mulher. Isso pareceu excitar ainda mais Lúcia.

Deslizou a anca vezes sem conta até estremecer e soltar um gemido forte. Saiu de cima de Tiago, voltou a beijá-lo e exclamou: — Lara, lambe-me…

A Lara, que tinha ficado apenas a assistir por escolha própria, gatinhou até Lúcia e mergulhou nas partes íntimas dela, passando a língua incontáveis vezes.

Tiago voltou a entrar, desta vez no ânus de Lara. Deu uma estocada e outra sem medos, pudores ou preconceitos sobre o que via à sua frente.

Tiago segurava o seu orgasmo como quem segura o último fôlego; normalmente duraria mais, mas o contexto e aquela visão eram absolutamente mágicos e proibidos.

Lara lançou um grito que o distraiu e assustou por momentos, até perceber que aquele urrar era de puro prazer e que ela estava a ter orgasmo.

Ficou surpreendido e continuou.

Lara continuou a gemer, e Lúcia afastou delicadamente a boca da irmã da vulva inchada, molhada e luzidia, para voltar para perto de Tiago.

Ela puxou o queixo de Tiago com uma mão e disse: — Deixa-me sentir o sabor dela…

Ele ficou relutante por meros segundos, mas saiu de Lara e deixou que o seu pénis fosse abocanhado por Lúcia, que chupou e lambeu sem nojo.

Tiago não aguentou e permitiu-se sentir, jorrando o seu sémen na boca dela.

Sentiu que ela engoliu e, antes que abrisse sequer os olhos, sentiu duas línguas a limpar a ponta do seu pénis.

Riu e voltou a si. Voltou ao momento e olhou para ambas. Lara e Lúcia estavam felizes e voltaram a dar beijos entre si e depois a Tiago.

Nenhum dos três necessitava de uma promessa de que aquilo seria mantido em sigilo, nem precisaram de conversar acerca do assunto. Ninguém ali sentiu confusão, pânico ou pensamentos intrusivos; sentiam apenas satisfação e protecção.

Permaneceram naquela noite os três na cama, e é escusado dizer que aquela aventura não se limitou a uma única noite.

Nos meses que se seguiram, o desejo encontrou neles um refúgio constante — encontros secretos que se repetiam, cada vez mais intensos, cada vez mais profundos.

 

Autora: Nina D´Sousa nasceu em 4 de fevereiro de 1991, numa infância marcada por muito amor e uma curiosidade precoce pelas complexidades da sexualidade humana. Desde cedo, demonstrou um interesse profundo pelo que muitas vezes permanece oculto — as sombras, os segredos, as histórias não contadas que vivem nas entrelinhas da vida. Apaixonada pela escrita e pela arte de escutar, Nina D´Sousa sempre encontrou nas palavras um refúgio e uma forma de explorar os mundos internos das pessoas. Apesar de nutrir o sonho de se tornar psicóloga para mergulhar ainda mais fundo da mente humana, optou por trabalhar na área da estética, onde teve contato direto com uma infinidade de histórias reais e fragmentos de vidas, que alimentaram a sua imaginação e sensibilidade. Na escola, já se destacava pela coragem de abordar temas considerados tabus e pela liberdade com que escrevia. Os seus professores, admirados pela autenticidade e ousadia de seus textos, incentivaram-na a seguir o caminho da escrita, unindo verdade e fantasia de maneira única. Hoje, Nina D´Sousa escreve para aqueles que não temem o desconhecido, para os que desejam explorar os recantos mais bizarros, secretos e fantásticos do desejo humano. As suas histórias baseadas apenas em histórias reais são convites para uma viagem onde os limites se dissolvem e o proibido se torna poesia. Ela continua a descobrir o poder transformador da escrita — não apenas para narrar vidas, mas para libertar desejos e desvelar mistérios que todos carregamos dentro de nós.

 

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